Com a alma cheia de claridade quero abrir bem a boca
para entrar toda a manhã e toda vida pela boca aberta
os olhos não bastam.
Respiro com força por querer, não por precisar
Apenas quero todo o ar respirado
Que já foi também respirado por todo mundo
Gosto então de abrir os braços
Finjo ser andorinha rasgando céu
Veloz, direta!
O vôo de certos pássaros é sem nenhuma dúvida de rumo.
Mas hoje acordei fechada
Os olhos escureceram desde a noite
E não querem romper a luz
A garganta em nó
O ar que entra pelo nariz tem cheiro de cimento
Amanheci canteiro de obras
Eu peso.
Um comentário:
CADA VEZ MELHOR!!!...
Clap! Clap! Clap!...
BJS!
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