sábado, 26 de fevereiro de 2011

Altas Horas

Hora morta, hora grande, tantos nomes da meia-noite, quando a noite parece feia. Quando a noite é cheia de temores, noite de gatos em telhados, de goteiras e gatunos sobre os muros.


Pesadelos, arrepios, choros contidos nos travesseiros e o suor espesso banha lençóis. Medo.


Noite chuvosa, dolorosa, amarga. Mortes súbitas, abandonos, desespero.


Noite lenta, relógios em tic-tac-tic-tac. O resto só silêncio pelo dia que se espera.


É a noite toda, é toda noite esse tormento, pela paixão que me torra o peito. As noites sem o objeto da minha paixão se repetem, desde tempos remotos, desde a primeira noite.

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