sábado, 13 de junho de 2009

Estou ficando muito banal.


De repente me deu vontade de retornara às coisas reais da minha vida.
Tinha amigos demais, mas que só se comunicavam comigo pelo Orkut ou pelo MSN. É quase como uma vida paralela, onde todos declaramos amor eterno, amizade sem fronteiras, dedicação incondicional. Recebemos emails comoventes falando da chama pura do sentimento, da alegria de “estar com você”. Mas isso tudo é marketing pessoal. Sei lá. É uma coisa falsa. Até namorado falso eu tive. Ele quis manter o relacionamento diário pela internet. Bater papo no MSN todo dia, resolver questões por email. Encontro ao vivo só uma vez por mês.
Então resolvi dar uma parada. Mas já estou dentro, não tem saída. Tanto que meu desabafo é nesse blog.
Estamos todos presos, fazendo parte de uma organização internacional pelo afastamento dos seres humanos. Quanto mais tecnologia, maior distância.
Dou uma olhada na minha página de amigos e me sinto como um diabético olhando a vitrine da Cavé. Mil-folhas, bombas, mousses...mas não posso tocá-las. Meus amigos não têm contato comigo. Qual deles eu poderia convidar para meu aniversário? Qual deles viria almoçar comigo hoje, sábado?
E muitos estão como eu, sozinhos em casa, na frente do computador. Por opção. Amigos virtuais não doem. É fácil digitar “eu te amo”. Difícil é dizer. Difícil é ouvir.

Um comentário:

CHRISTINA MONTENEGRO disse...

Curiosamente falamos de você (mega bem, claro) quando voltávamos hoje à tarde do aniversário do meu sogro...
Para nós, você É próxima.
Eu mesma tinha certeza que sua orelha ESTAVA ardendo quando falávamos da sua integridade, dos seus talentos, do seu caráter.
Estamos indo para São Paulo segunda cedinho (celebrar o aniversário do Paulo, conversar sobre uma possível edição paulistana do meu curso, e ver o Léger na Pinacoteca.
Na semana de 22 em diante estamos de volta.
Se quiser conversar ao vivo e a cores, é só fazer "psiu"; será um prazer e uma honra!
BJS!